Como professora de inglês, eu converso com alunos o tempo todo. Por isso, aprendo bastante sobre a nova geração. Outro dia uma aluna me confessou que ela não gosta de trabalhar e, portanto, deseja ser estudante para sempre. Bom, eu não sei se ela vai conseguir não trabalhar, mas tenho certeza que precisará seguir estudando se pretende ter um futuro decente.
O fato é que as coisas estão mudando tão rápido ao ponto de nos obrigar a ser alunos integralmente. Se você é jovem, as chances de estar no meio de um tempestade são grandes. Aquele seu emprego dos sonhos pode não existir ou sofrer mudanças drásticas em apenas alguns anos. Ao mesmo tempo que se já está empregado, deve investir em manter-se atualizado e preparar-se para o que vem pela frente. No caso de estar a perto de se aposentar, há quem pense em arrumar uma ocupação alternativa. O aumento da expectativa de vida traz consigo muito tempo livre e pouco dinheiro.
Embora falar sobre o futuro seja normalmente alarmante, eu trago notícias positivas: o amanhã, na verdade, promete muitas oportunidades. De acordo com o relatório O Futuro dos Empregos (Future of Jobs) organizado pelo Fórum Econômico Mundial, a demanda por habilidades humanas não está em declínio. Muito pelo contrário! Funções lineares e previsíveis continuarão a ser substituídas por máquinas enquanto que características tipicamente humanas passam a ser hiper valorizadas. A tecnologia, afinal, é feita para aprimorar, mas não substituir o trabalho humano.
Esse fenômeno da robotização e da valorização das qualidades humanas é o que chamamos de quarta revolução industrial. E essa mudança já é sentida de diferente maneiras, velocidades e extensões no mundo.
A verdade é que certamente empregos serão – ou já estão sendo – descartados, mas não necessariamente as pessoas serão. Sempre vai existir emprego para quem estiver disposto a aprender, desaprender e reaprender durante toda a sua vida.
No fim das contas, não é que a minha aluna estava certa?!
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