De acordo com o relatório de 2017 do Secretário Geral da ONU investir em igualdade de gênero é sinônimo de prevenir conflitos. Apesar do baixo número de mulheres em cargos militares e humanitários, as mulheres continuam peças-chave na manutenção de paz nas suas comunidades e nações. Além disso, faltam mulheres nos setores referentes à justiça, segurança e política. Entretanto, pouco é feito com o objetivo de aumentar a inclusão, liderança e proteção feminina.
Conforme a ONU Mulheres, a participação de mulheres proporciona uma maior compreensão dos fatores motivadores bem como alternativas para solucionar os impasses. Mas dados revelam que nos processos de paz, entre 1992 e 2011, a participação feminina era composta por apenas 2% de mediadoras, 4% de testemunhas e signatárias, 9% de negociadoras. Um outro estudo feito em 2008 apontou que, dentre 33 negociações de paz, só 4% (11 de 280) tinham mulheres.
Como igualdade de gênero e paz são Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a ONU tem como meta preencher 50% dos seus cargos com mulheres até 2028. Com essa meta, três estratégias foram determinadas: aumentar o numero de mulheres como mediadoras e funcionárias uniformizadas, encontrar e solucionar as causas da desigualdade e envolver-se mais sistematicamente com organizações femininas.
Embora exista pouca pesquisa sobre o assunto, o progresso é sutilmente notável com o estabelecimento de processos seletivos exclusivos para candidatas que desejam atuar em posições de liderança na área de manutenção de paz, além de uma maior vontade da comunidade internacional de reverter a situação atual.
Advertisement